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XPIE11 e a Geração Solar


Como muita gente já sabe o XPIE11 é um FIPIE e tem dentro do seu portfólio ativos de Geração Solar! O Mercado de Infra possui um déficit de investimento e esse produto pretende mudar isso. E vamos aos números incríveis de Rentabilidade:







Isso mesmo com Preço de R$ 75, a TIR é de IPCA + 11,3%. O Preço de hoje é R$ 72,81 ( desconto de 25,7% VP). Além disso a expectativa de Rendimentos de 2022 é de R$ 10,5, gerando um DY de 14,42 %. Outro detalhe importante é que a cota patrimonial tem o valor de R$ 97,98 .



O FIP-IE XPIE, foi lançado em julho/2019, com objetivo de investir em projetos de infraestrutura, em qualquer segmento elegível para esse instrumento (energia, saneamento, telecomunicações, etc), seja através de participação societária (equity), seja por dívida (debit). Também investe em ativos greenfield (em construção). Pode-se dizer que o XPIE é híbrido (misto).



Apesar do regulamento e mandato amplo e abrangente, tem focado nesses primeiros anos do fundo no setor de área de energia elétrica, em especial nos segmentos de geração solar e transmissão.


Atualmente possui 3 usinas de geração solar – UFV (Sol Maior II, Athon GD, Apodi Energia) e 3 transmissoras (LC Energia, Arteon Z e Campitiba).



Dos ativos de geração renovável, a geração solar é aquela com maior previsibilidade, portanto, com o menor risco. O ativo Sol Maior II é uma usina fotovoltaica (UFV) construída na cidade de Miracema do Tocantins (TO), totalmente operacional e com contrato PPA até 2037, reajustado anualmente pelo IPCA. Vinha performando dentro das expectativas até um evento adverso em 2020, onde boa parte da usina foi danificada por um vendaval fora da média histórica da região. Seguro foi acionado e atualmente a usina está voltando aos poucos a capacidade plena de geração. O XPIE possui participação em Sol Maior II por meio de participação societária (equity) e por debêntures não conversíveis (dívida).


O ativo Athon GD é uma debênture conversível em ações, emitida pela Athon Geração Distribuída S.A., que por sua vez, tem 6 projetos de UFV`s em 5 estados (MA, PA, MG, MS, GO), sendo 4 operacionais e 2 em fase final de construção. A remuneração da debênture é IPCA + 10%a.a.


O último ativo de geração é Apodi, do qual o fundo detém participação societária, sendo 79,6% da Apodi Energia SA, que por sua vez detém 12,5% de participação em 4 UFV`s (Apodi I, II, III e IV), portanto o XPIE detém 10% dos projetos. Todas as usinas ficam no Ceará e são 100% operacionais, gerando dentro da média esperada para elas.


O XPIE ainda detém participação em 3 transmissoras, que como já mencionado em outras análises, são ativos de baixo risco, depois de construídas e operacionais. O XPIE esta participando de ativos em construção e parcialmente operacionais, para mitigar o risco adicional, a maioria da participação no setor é via dívida simples ou conversíveis em ações (participação societária no projeto final). O primeiro ativo é ArteonZ, empresa fundada pela família Zarzur (dona da Eztec) e que cujo o FIP-IE detém 73,3% da participação, sendo o restante detido por Carlos Zarzur (sócio remanescente na cia). Essa participação foi vendida pela família ao fundo, a fim de investir na MEZ Energia, empresa do grupo que foi a grande vencedora do último leilão da Aneel. O investimento se deu por meio de debêntures conversíveis em ações, emitidas pela Arteon Z Transmissão Participações S.A., com taxa de remuneração IPCA+9,5% a.a. A Arteon Z, detém 5 linhas de transmissão, através de suas subsidiárias, nos estados de RJ, BA, MA e PI. Delas, 4 são operacionais e 1 está em construção, com previsão de entrega até junho/2022. O término da concessão dessas linhas é entre 2047 a 2048.


O segundo ativo é LC Energia, no qual o fundo investiu por meio de debêntures conversíveis (remuneradas a IPCA+9,5% a.a) e debêntures simples (remuneradas a CDI+7%). LC Energia detém 3 transmissoras (FS, Colinas, Simões), que por sua vez detém 5 linhas de transmissão, nos estados de BA, TO e PI. Destes ativos 1 está pré-operacional e os demais com entrega prevista no último trimestre de 2021. A concessão destas linhas é até 2048.


O último ativo é Campitiba, onde o fundo investiu apenas por meio de debêntures simples mezanino, emitida pela F3C investimentos que detém 99,99% da linha de transmissão que ligará Campinas a Itatiba. A remuneração da debênture é de IPCA+10%a.a.





O XPIE possui uma retorno atrativo com uma TIR bem relevante (acima de 12% + IPCA), o DY deste ano e a projeção para próximo trazem conforto de resultado forte. O maior parte da Receita é proveniente das Transmissoras com 71,4% e como já dito anteriormente oferece um belo Risco Retorno. Eu não tenho dúvida que estamos diante de excelente oportunidades.


Autores:


Eleu Scorsin Filho e Diogo Arantes

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