REITs de cannabis: algumas considerações
A cannabis e sua respectiva legalização sempre foram um tema tabu tanto nos Estados Unidos como no mundo. Porém, emergiu como uma indústria multibilionária e adentra em setores como os de saúde, bens de consumo e agricultura.
O ambiente regulatório para essa indústria é amigável na Califórnia, um dos lugares mais econômicos do mundo para o cultivo, e na Flórida, que possui uma população de 22 milhões com taxa de 3% de crescimento, onde a obtenção de cartões de maconha medicinal está presente para mais de 420 mil pacientes.
Porém, é importante entender delineamentos atrelados à indústria ao pensar no mercado ilegal existente, que pode ser um fator negativo a ser levado em consideração. Qual o impacto do fornecimento ilegal para empresas que operam nessa indústria?
Outro ponto a ser observado é a nova realidade com a qual o consumidor está se adaptando: a transição de compras presenciais para o meio on-line, fato acelerado pela pandemia. Caso esse tipo de iniciativa obtenha êxito, a conjuntura se torna interessante para as operações.
Destaca-se o resultado das eleições como outra nítida influência: o candidato vencedor, o democrata Joe Biden, tendo em vista sua posição ideológica, pode afetar diretamente na atuação do setor a nível federal.
Alguns especialistas advertem que o mercado imobiliário de cannabis possui grandes margens de lucros, já que não é fácil adquirir fonte de capital por parte das instituições financeiras, o que favorece as empresas a buscarem se tornarem REITs, venderem imóveis, os alugarem de volta (leaseback) e adquirir injeção de dinheiro.
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Autoras: Aline Barbosa, Ana Medeiros e Eunice Rodrigues - Equipe ReitsInvestments
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