top of page

URPR11 - Uma conversa com o Gestor

Foto do escritor: Ivan EugênioIvan Eugênio

Nesta semana recebemos para mais uma excelente conversa a pessoa de Leonardo Nascimento, Gestor da Urca Capital, responsável pela gestão do fundo imobiliário de recebíveis URPR11.


Temos que reconhecer, nos últimos tempos o URPR11 está "bombando", especialmente pelos altos dividendos que estão sendo entregues mês a mês.


A URCA é uma empresa fundada há 11 anos inicialmente focando finanças corporativas. No ano de 2015 começou a surgir uma alta demanda por crédito, créditos esses não óbvios, que já estão preparados no balcão do bancões.


Assim, a gestora iniciou a originar vários CRI's, vendia esses créditos para diversos fundos imobiliários e começaram a observar mais o trabalho dos gestores de fundos imobiliários. A partir deste momento nasceu o plano de negócios da Urca Gestão e, consequentemente, do fundo imobiliários URPR11.


Destacamos que a URCA já realizava o trabalho mais complexo que é a originação do CRI. Já conhece o mercado de crédito, mercado este que como aponta Leonardo é enorme, na base do bilhão.

 
 

Inclusive, quando analisamos todo o país, especialmente o interior do Brasil é que vislumbramos um mercado gigantesco, sendo que atualmente, juntando os fundos de recebíveis high yield que temos hoje, "a gente não consegue fazer cócegas na demanda".


Sendo certo que o gestor do fundo não pode se preocupar tão somente com o pipeline das ofertas, haja vista que o capital amortizado tem sempre que ser reinvestido.


Com total sinceridade o gestor aponta que o principal personagem para entregar a rentabilidade para o seu cotista é o comprador do lote, normalmente pessoa física. Por este motivo o fundo busca uma alta margem de garantia.


Exatamente por este motivo o fundo passou bem pela pandemia, obviamente tiveram inadimplência, em alguns locais a construção civil foi suspensa. No entanto, fazendo uma análise no todo, os investimentos realizados pelo fundo passaram muito bem pela crise.


Em sua visão há espaço para crescimento do patrimônio líquido, obviamente, esse crescimento tem de ser gradativo, certo de que não podemos dar um passo maior do que nossas pernas permitem.


O fundo busca sempre ter uma taxa atrativa para o seu investidor, ignorando a correção, tanto é que hoje os spreads dos investimentos estão entre 11% e 14% ao ano.


O índice de correção, atualmente a maioria dos investimentos estão indexados ao IGP-M e, ainda que ele venha a zero ou seja negativo, a taxa de spread, chamada pelo gestor de taxa careca é extremamente atrativa, protegendo o investidor.


A tese do fundo não é o investimento em IGP-M, mas em CRI's com boas taxas de retorno.


Acrescenta o gestor, neste momento de IGP-M alto o acompanhamento está sendo realizado de alto e qualquer indiciação de problemas futuros o fundo já busca o devedor para negociar, tudo em coordenação com a securitizadora.

 
 

O benchmark atual do fundo é IPCA+7% ao ano. Atualmente o fundo alcança o seu objetivo, ainda assim, salienta que esse retorno não pode ser visto tão somente no curto prazo, mas sim no longo, visto que o fundo tem prazo indeterminado, estando o gestor confortável com o retorno futuro do fundo.


A crise foi extremamente positiva para os fundos de crédito, "caindo" no gosto do investidor, que passou a entendê-lo melhor, olho-se com bons olhos.


Um fundo high yield não necessariamente tem de ser low grade.


O fundo não pretende lançar ofertas sem um pipeline bem definido, seguro e que mantenha a taxa de retorno para os investidores. Certamente, o gestor não pode dar qualquer indicação de crescimento do fundo, mas é cristalino o espaço para crescimento.


Em uma futura tributação, o gestor reconhece que será necessário um estudo para analisar movimentos futuros, até mesmo para continuar trazendo um bom retorno para o investidor.


Sem dúvidas, tivemos um grande aprendizado neste conversa com Leonardo Nascimento. Não deixe de conferir o vídeo da entrevista.






121 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Commentaires


bottom of page