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Foto do escritorIvan Eugênio

DEVA11 e sua trajetória inicial

Recém lançado no mercado de fundos imobiliários, tendo iniciado suas negociações no final do ano passado, tem mostrado um excelente resultado.


É fácil perceber que o fundo caiu nas graças dos investidores. O gráfico abaixo demonstra como saiu de 5 cotistas em agosto de 2019, para 2140 em dezembro.



No mesmo instante em que suas cotas começaram a ser negociadas no mercado, o DEVA11 lançou sua segunda emissão, fazendo com que suas cotas tivessem uma uma valorização extraordinária, como já relatado aqui no site.


Os motivos são vários, aqui vou elencar alguns.

  • Gestora próxima de seus cotistas, célere e eficiente quanto às dúvidas apresentadas;

  • Gestora com domínio do produto, tendo conhecimento, proximidade e competência para analisar e adquirir certificados de recebíveis imobiliários;

  • Rendimentos atrativos;

  • Alocação rápida, sem que haja a permanência de dinheiro em caixa por muito tempo.


Essas e outras características permitiram que a segunda emissão do fundo, que aumentou o seu patrimônio em 164%, fosse bem sucedida. No gráfico abaixo podemos ver a evolução do patrimônio.



Todos os dados do dos gráficos acima foram retirados de informes mensais, daí a diferença entre os números aqui apresentados e os que constam no relatório gerencial. O informe mensal de janeiro/2020 somente será divulgado no mês que vem.


A 2ª emissão do fundo foi uma 476, onde os cotistas puderam exercer seu direito de preferência, de sobras e, também, formalizar oferta para o montante adicional.


Na última etapa, foi observado um rateio de aproximadamente 8,25%. No caso, o investidor que pediu 100 cotas no montante adicional, acabou levando apenas 8.



Não para por aí. No final da semana o fundo lançou seu relatório gerencial do mês de dezembro, revelando que 86% dos patrimônio líquido está devidamente alocado, mesmo sendo recente o término da segunda emissão.


A informação que esse dado me passa é que a Gestora não está emitindo por emitir. A emissão foi devidamente preparada, com um pipeline adequado e busca gerar valor para o cotista.


A emissão de fundos imobiliários é um movimento de grande importância para ambas as partes envolvidas. No entanto, ela só gera real valor para o cotista se o gestor fizer a sua parte e alocar o novo capital de forma célere.


Em se tratando de fundos de recebíveis, essa alocação deve ainda observar o retorno passado e as taxas dos novos CRI’s incluídos no portfólio, a fim de que se mantenha no mesmo patamar.


Pode não parecer, mas essa é uma dificuldade enfrentada pelos gestores.


Interessante destacarmos que as novas alocações são indexadas ao IPCA, tendo reduzido de 63,1% para 45% a exposição do fundo ao IGP-M.


Esse é um movimento que venho observado em outros FII’s. Em uma primeira leitura, entendi que as gestoras estariam buscando mais estabilidade de seus rendimentos, reduzindo sua exposição à volatilidade do IGP-M.


No entanto, me questiono se este fato não está ocorrendo porque os devedores estão querendo ficar longe do IGP-M.


Em se tratando o DEVA11, fundo hoje analisado, a gestora já menciona em seu relatório que irá buscar o equilíbrio entre os índices de inflação, devendo estar com 95% do seu patrimônio alocado no mês de fevereiro.


Ressalto que a gestora tem uma estratégia bem definida para gerar o crescimento do fundo, como podemos ver na imagem abaixo.



Sendo você cotista ou não, vale muito a pena acompanhar de perto o relatório do DEVA11, seja para entender o que está acontecendo com o fundo imobiliário ou aprender mais sobre os FII’s de recebíveis.


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