Tivemos uma excelente oportunidade de conversarmos com Augusto Martins da CSHG para conversarmos com sobre HGRE11 e HGLG11.
A Credit Suisse dispensa apresentações. Sendo uma das gestoras mais antigas e respeitadas do mercado, estando Augusto nela desde o ano de 2006.
Sobre o HGLG11
Com seu início em 2010, estritamente focado em logística, podendo até ter algo de industrial dentro de seu portfólio.
Ao longo desses anos, o fundo sempre teve o norte de crescimento sustentável, com alocações rápidas, haja vista que realiza suas emissões quando tem operações de compra já maduras, evitando assim ficar com dinheiro em caixa.
Ressaltou o gestor que o fundo sempre teve a característica de realizar emissões quando o mercado não estava buscando tantas emissões, conseguindo realizar compras a preços diferenciados, tendo em vista o momento do mercado.
Não apenas no HGLG11, mas em todos os fundos geridos, a gestora busca entregar uma renda estável para o seu investidor, entregando, quando é o caso, um valor extraordinário.
O caixa do fundo é visto como um mal necessário. Não é possível tomar um risco com ele. O que está sendo analisado, até mesmo realizado, é a compra de alguns CRI’s high grade sendo utilizados como caixa.
Após a última emissão, foi assinado um documento vinculante de compra de um imóvel. Todavia, sem qualquer motivo aparente, o valor foi devolvido pelo vendedor. O contrato ainda está vinculante e assim que esse trato chegar ao fim será apresentado no mercado.
A cartada após esta última emissão foi a compra do GRLV11. Na realidade, fundos imobiliários mono-imóvel estão chegando ao fim, tendo sido a compra realizada em um valor justo, respeitando e resolvendo todo possível conflito de interesse.
Na atualidade o fundo tem olhado outras regiões que não a Sudeste. Em especial no Nordeste, nas áreas próximas de Salvador, Recife e Fortaleza.
Destaca-se como o mercado de logística não segue regras estabelecidas por outros mercados. Nele é verificado como regra o imóvel em si, a ocupação dele, a segurança do locatário. Por outro lado, por exemplo, o mercado de escritório está muito de olho na localização.
Sobre o HGRE11
No que tange ao HGRE11, acabamos de ter uma emissão que captou todo o valor pretendido. Um verdadeiro sucesso, levando em consideração o atual momento do mercado de escritório.
A oferta poderia ter sido maior. No entanto, na visão da gestora, as últimas negociações do mercado foram realizadas a preços vantajosos para o vendedor.
Posto isto, realizaram uma pequena compra do Berrini One, por um preço justo, abaixo do book value, agregando valor para o fundo.
Na média, a vacância do fundo está abaixo da média do mercado, muito embora esteja atualmente em 25%.
Contudo, a vacância atual está concentrada em uma região nobre de São Paula, em prédio de qualidade A. Acredita o gestor que logo será locado por um preço justo.
A última tese defendida pelo fundo, a do Martiniano empolga o gestor, que está bem confiante na geração de valor que o edifício vai trazer para o fundo.
Agora vamos lá...
Inegável a qualidade da gestora e de seus fundos, fazendo com que o mercado perceba a qualidade nos fundos por ela geridos. Mas, conta pra gente, você tem algum fundo da CSHG em sua carteira?
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